domingo, 16 de janeiro de 2011

Os programas Governamentais e a Informática na E ducação



Professora: Rosa
Disciplina: Fundamentos da Computação na Educação
Resumo.
Informática na Educação Brasileira, tem sua nascente a partir do interesse de alguns educadores e universidades, motivados por resultados que vinham sendo alcançados em outros países, como Estados Unidos da América e França. Apesar do contexto mundial de utilização de computador na educação ter sido um referencial para as decisões brasileiras, tem-se aqui no Brasil características muito particulares que requerem diferentes projetos. Mesmo com essas inúmeras divergências, os avanços pedagógicos estão quase emparelhados com os de outros países.
No Brasil, apesar da influência de outros países, na área de introdução da informática na educação, verifica-se uma peculiaridade nesta situação: procura-se reduzir os pontos negativos e realçar o lado positivo ao invés de ater-se ao modelo para uma simples reprodução acrítica.
Pode-se citar, dentre a variedade de projetos e atividades desenvolvidos no Brasil, algumas que tomaram vultos para a implantação de uma postura nacional favorável ao uso do computador na educação: PROINFO - Programa Nacional de Informática na Educação, EDUCOM, FORMAR sob a coordenação do NIED - Núcleo de Informática Aplicada à Educação /UNICAMP,  e CIEd - Centro de Informática na Educação.
O projeto PROINFO  - Programa Nacional de Informática na Educação, é um projeto a nível nacional que visa a alocação de computadores nas escolas sob a coordenação da Secretaria da Educação a Distância do Ministério da Educação e do Centro Experimental em Tecnologias Educacionais (CETE). Na realidade o programa PROINFO é um programa educacional que visa a introdução de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação na escola pública como ferramenta de apoio ao processo ensino-aprendizagem, de iniciativa do MEC - Ministério da Educação, através da SEED - Secretaria de Educação a Distância, criado pela Portaria n.º 522, de abril de 1997, tendo como parceiros os governos estaduais e alguns municipais.
No site oficial do PROINFO,  o texto O que é PROINFO diz que "a base tecnológica do ProInfo nos estados é o Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE que é uma estrutura descentralizada de apoio ao processo de informatização das escolas, auxiliando tanto no processo de incorporação e planejamento da nova tecnologia, quanto no suporte técnico e capacitação dos professores e das equipes administrativas das escolas."
A proposta elaborada por este órgão visa a aproximação da cultura escolar aos avanços que a sociedade desfruta, utilizando redes técnicas de armazenamento, transformação, produção e transmissão de informações.
Em conjunto com o   PROINFO - Programa Nacional de Informática na Educação, a SEESP - Secretaria da Educação Especial desenvolveu o Curso de Capacitação de Multiplicadores em Informática na Educação, voltado para a Educação Especial, com o objetivo de proporcionar um complemento na formação dos multiplicadores dos Núcleos de Tecnologia Educacional.
            Pode-se citar outra iniciativa nessa área: o Projeto de Informática na Educação Especial - PROINESP. Visando promover o acesso à Informática, enquanto recurso pedagógico, o projeto contempla escolas especializadas no atendimento de alunos com necessidades especiais, em todo o país, incluindo o financiamento de equipamentos de informática para a implantação de um laboratório em cada escola. O projeto prevê a formação de professores em informática aplicada à Educação Especial.
O Programa de Apoio à Pesquisa em Educação a Distância - PAPED também é iniciativa da SEED tendo como parceria a CAPES. Seus principais objetivos são: incentivar a produção de conhecimentos no campo da educação a distância e da utilização de tecnologia; avaliação e divulgação das experiências de uso de novas tecnologias, incluindo TV Escola, Programa Nacional de Informática na Educação - PROINFO, Salto para o Futuro e Proformação.
Em 1997, o PAPED recebeu 23 projetos; em 1998, 36 propostas. A partir do 3º Edital em 27 de julho de 1999, 78 concorreram, como informações,  disponíveis na home-page do Ministério da Educação e Cultura - MEC. Também de grande importância, o Projeto EDUCOM teve como objetivo principal o estímulo de pesquisas multidisciplinares como alvo a aplicação de tecnologias de informática no processo de ensino-aprendizagem. Mesmo encontrando dificuldades referentes à política específica de concessão e manutenção de bolsas de estudo, instalações inadequadas, falta de interação das instituições apresenta resultados em pesquisas realizadas, formação de recursos humanos, consultorias, desenvolvimento de software educativos, teses, dissertações, livros, conferências ensaios e publicação de artigos.
As ações do Ministério da Educação e Cultura - MEC destacam-se por contribuições de equipes auxiliares ao EDUCOM.  Cita-se o Projeto FORMAR, coordenado pelo NIED/UNICAMP, e ministrado por pesquisadores e especialistas dos demais integrantes do EDUCOM. Primeiramente, visava-se a formação de profissionais para atuação nos vários centros de informática educativa em sistemas estaduais/municipais de educação. Para Valente, o material  que o curso produziu, as experiências, currículo e conteúdo, passaram a servir de referências para o advento de outros cursos de formação equivalente no país.
Como segmento do  Projeto FORMAR, implantaram-se CIEd's, um em cada estado da Federação, que passou, em maior parte dos estados a ser considerado como núcleo central,  de coordenação pedagógica das atividades, criando subcentros  e laboratórios. Estabeleceu-se que o CIEd seria de iniciativa estadual e não federal, cabendo ao MEC a orientação dos secretários de educação sobre a importância da área para implantação dos centros, inclusive cessão de equipamentos, recursos, custeio das atividades iniciais, passando a cargo do Estado a continuação do projeto.
  Minha Opinião relacionada à Informática na Educação
e os programas governamentais
Constatou-se neste estudo a evidência do uso do computador e seus recursos como instrumento auxiliador na Educação de forma diversificada. Em consequência da incursão da Informática na Educação, conclui-se que é inevitável uma mudança de postura pedagógica e que para o devido aproveitamento do computador e levar o aprendiz a construir seu próprio conhecimento através da motivação deve-se adequar os paradigmas pedagógicos instrucionista,  construtivista e construcionista . Para maiores detalhes sobre estes paradigmas pedagógicos veja o artigo Informática na Educação: instrucionismo x construcionismo, do autor Valente.
Apesar de existirem motivos claramente definidos para o uso do recurso da ciência da computação no setor educacional, existem choques de visões dos céticos e otimistas que declaram seus argumentos, por vezes bem fundamentados e em casos até por insegurança e desconhecimento das novas tecnologias.
Uma expectativa relacionada ao possível domínio da informática alastra-se no ambiente da educação, mas percebe-se que muitos estudiosos têm consciência de que a possibilidade de um monopólio do computador na educação está muito distante de acontecer pois depende de muitos fatores. Entre estes fatores cita-se a preparação do corpo docente, adequando-o à informática e seu devido uso, considerando a necessidade imperiosa de reflexão, mudança de posturas face ao caráter revolucionário que tem o uso do computador na sala de aula, não esquecendo que o aprendiz e também os seus pais ou responsáveis  fazem parte desta mudança de paradigmas.
Constatou-se que o uso do computador na educação brasileira recebe influências de outros países e que estas não estão limitadas a imitar o que os outros fizeram mas que no Brasil existem projetos que são elaborados procurando levar a cabo a efetiva e proveitosa introdução do computador na educação de maneira criteriosa, racional e sistematizada como PROINFO, EDUCOM, FORMAR , CIEd, SEESP, PROINESP, PAPED, com apoio do órgão oficial do governo  Ministério da Educação e Cultura - MEC.
Atualmente as universidades estão se associando, conforme a UVB - Universidade Virtual Brasileira e a UNIREDE - Universidade Virtual Pública do Brasil, unindo suas experiências educacionais e suas áreas de excelência acadêmica para formar a primeira rede virtual de pesquisa e cooperação para o desenvolvimento de programas de educação à distância.
Nesta união, o papel das instituições de ensino é de orientar o aluno a pesquisar, a questionar, a saber buscar os conteúdos, filtrá-los e os transformar em conhecimento. Com as tecnologias de educação aliadas à informática na Educação surgem novas oportunidades de acesso ao conhecimento para a formação e o aperfeiçoamaneto profissional.
  A Informática na Educação
 A educação formal é muito resistente à inovações, dificilmente se renova ou se adapta aos desafios da vida moderna. A escola tradicional ignora a realidade tecnológica, não ensina  a perceber o universo em que se vive, não está atenta às mudanças do mundo moderno. Entre a informática e a escola deve haver cooperação, criando assim, uma nova possibilidade de lidar com o trabalho educativo. Os alunos são os personagens centrais do século XXI, e o computador uma maneira  nova de se pensar. É preciso que a escola brasileira tenha interesse pela cultura, princípios, fatos sociais, pela psicologia e pelos ideais da computação. Sua função básica é criar caminhos  que levem os estudantes à aprendizagem.
As tecnologias de comunicação introduziram profundas alterações na sociedade contemporânea criando novas maneiras de ensinar e aprender, portanto para se manter como uma instituição mantenedora e delegadora do ensino a escola não pode ficar fora desta realidade. Os alunos devem estar preparados para conviver com as constantes mudanças da sociedade e para conduzi-lo a escola deve contribuir fornecendo o conhecimento sobre as novas tecnologias, proporcionando um ambiente que supra as suas necessidades. Juntamente com a tecnologia, a educação deve abrir caminhos, aperfeiçoando e desenvolvendo trajetos.
            A partir da metodologia de ensino pode-se definir o tipo de ferramenta e a maneira de como conduzir o processo aluno-professor-aprendizagem. Neste momento o computador pode ser utilizado como suporte em função das necessidades e do que se deseja construir. O seu uso é vantajoso pois possibilita a integração com outros recursos, como por exemplo à robótica, que favorece simulações próximas da realidade.
            Para que aconteça a implantação do uso do computador numa escola, é necessário o desenvolvimento de um projeto técnico-pedagógico, a compra de equipamentos, a escolha de softwares adequados e o treinamento de professores e funcionários. Isso tudo, na verdade, não é fácil levando-se em consideração o pouco recurso financeiro disponível que algumas escolas possuem; principalmente as escolas públicas. E os gastos não ficam por aí, não adianta somente melhorar o visual das escolas, as salas deverão apresentar uma estrutura mínima necessária, valorizar a educação, valorizar os educadores melhorando seus salários, investir no ensino, investir nos recursos tecnológicos que a sociedade apresenta, e ainda, mudar o conceito da escola e alterar seu currículo, para que esta não continue obsoleta e com uma sua metodologia de ensino ultrapassada.
Com a introdução do computador nas escolas, o problema quanto às freqüências certamente tenderá a diminuir, pois o mesmo provoca motivação e reaviva o interesse dos alunos em muitas disciplinas. Os professores também se sentem otimistas e entusiasmados com o crescente interesse dos alunos outrora desanimados. O computador contribui com a educação enriquecendo-a, tornando-a excitante e atrativa.
São muitas as decisões a tomar, qual estratégia adotar, por exemplo: o que ensinar ( informática, programas); como ensinar (o computador assistindo, administrando, como ferramenta ou instrumento etc.); a quem ensinar (individualmente ou em grupos etc.); quando ensinar (durante a aula, depois dela); e como formar os que ensinam (possivelmente  o ponto mais difícil).
Quais os melhores softwares? Num processo educativo do que são capazes de realizar os estudantes? Que tempo seria necessário para tal realização? Qual programa se adaptaria melhor aos métodos usados? Ou o que se pode ensinar com este instrumento? A melhor decisão a ser tomada só chegará após a combinação das estratégias e dos métodos, que é um assunto complicado. Como organizar um programa, qual seu enfoque,  o que vai conter o texto como um todo, qual sua ordem, como vai ser ensinado, e tantas outras; tudo isso vai depender do que vai ser adotado.
A participação dos estudantes na escolha de um processo mais adequado,  identificando a melhor forma e o momento apropriado de se utilizar às diversas ferramentas disponíveis é muito importante. O computador é extremamente versátil, usado adequadamente contribuirá na realização de tarefas de forma relevante, ajudando em aplicações vinculadas a praticamente todas as áreas do currículo escolar; isto é se bem usado contribuirá para a interdisciplinaridade.
Os computadores têm chegado rapidamente em algumas escolas, mas o seu desenvolvimento tem ocorrido lentamente devido a várias dificuldades que a s mesmas enfrentam, tais como: o receio por parte de alguns educadores, a falta de profissionais capacitados, equipamentos desatualizados e a ausência de softwares de boa qualidade. A questão financeira, a despreparação das escolas e a falta de um planejamento estruturado são as causas principais do surgimento de todos os problemas e do fracasso da utilização deste recurso.
 A fim de evitar esses empecilhos e buscar melhores resultados, deve-se projetar a implantação da informática, programar seu desenvolvimento, controlar seus resultados e definir os objetivos essenciais da educação com o intuito de usá-la da melhor maneira possível no auxílio do processo de ensino-aprendizagem. Analisar as condições para manter as máquinas necessárias, atualizando-as quando necessário, criar uma maneira eficiente para a utilização dos computadores, proporcionar treinamento aos professores e tantas outras situações devem ser analisadas.
Na educação o computador  deve ser usado como uma ferramenta educacional, complementando, aperfeiçoando e mudando a qualidade de ensino. A informação domina e a escola que não quiser que seu ensino continue obsoleto, deve ser rápida e estar atenta às novas tecnologias. A capacitação dos professores, o desenvolvimento do material didático específico por disciplina, a escolha do equipamento adequado e o acompanhamento técnico especializado são muito importantes na interação computador-escola.
Para propiciar um ambiente tecnológico eficiente, a escola deve dispor de computadores suficientes para todos os alunos, incorporar os recursos da computação ao currículo escolar,  fornecer tempo suficiente ao aluno para um contato maior com o computador e escolher programas adequados ao ensino úteis para cada disciplina. A utilização dos computadores é muito importante e a escola deve esforçar-se para merecer o título de informatizada.
Bibliografia Consultada
Lei de diretrizes para EAD. http://www.cciencia.ufrj.br/educnet/conceito.htm
PROINFO. http://www.proinfo.gov.br/
UniRede - Universidade Virtual Pública do Brasil - http://www.unirede.br
UVB - Universidade Virtual Brasileira - http://www.uvb.br
VALENTE, José Armando. Informática na Educação: instrucionismo x construcionismo. jvalente@turing.unicamp.br/. Artigo selecionado de Informática e Educação.
VALENTE, José Armando Valente e ALMEIDA, Fernando José de. Visão Analítica da Informática na Educação no Brasil: a questão da formação do professor. http://www.educnet.com.br





Nenhum comentário:

Postar um comentário